Comer é uma experiência excelente. Todos os sentidos são envolvidos
nessa atividade. A visão, o olfato, a audição e o tato exercem funções
importantes na degustação de alimentos, mas é o paladar que a maioria das
pessoas considera o mais importante. É por meio dele que sentimos gostos e
sabores. O órgão mais importante envolvido nesse sentido é a língua.
A língua consegue detectar cinco gostos básicos, e desses, quatro são
extremamente familiares. São eles: O salgado, o doce, o azedo e o amargo. O
quinto gosto é chamado de umami1, e é bastante
difundido na cozinha oriental. O salgado é formado normalmente por
sais de sódio e cloretos. Já a doçura é derivada de diversas fontes,
incluindo o açúcar. O azedo é derivado dos ácidos nos alimentos e o amargor é
resultado quase unânime da presença de alcaloides2, como a
cafeína e a quinina.
É raro degustar algum alimento que contenha somente um dos gostos.
Normalmente, o alimento é composto por combinações de intensidade entre dois ou
mais dos gostos básicos, que criam uma grande variedade de sensações
gustativas.
O ser humano tem aproximadamente 10 mil papilas gustativas (alguns, bem
mais, outros, menos), que são responsáveis por identificar gostos e sabores,
dos mais simples e até os mais complexos. As papilas gustativas estão
distribuídas em sua maioria na língua, mas também são encontradas em outras
partes da boca, como na garganta e no palato. Mas, além das papilas, o
olfato também interfere na percepção de sabores.
O sabor é, na verdade, formado pela combinação entre gostos e aromas.
Seu conceito e sua formação são bem mais amplos e complexos do que os do gosto,
e é formado tanto pelo sentido do paladar como pelo olfato. O olfato contribui enormemente para a identificação e
distinção dos sabores, tanto que, quando há impossibilidade de sentir os
aromas, a percepção dos sabores fica comprometida.
O corpo humano possui de 5 a 10 milhões de células olfativas, que nos permitem detectar pelo ar diversos cheiros. Infelizmente, o ar só consegue conduzir moléculas aromáticas pequenas. Ao comer, detectamos os aromas por meio do nariz, de modo que, cada vez que respiramos, parte desse ar sobe pelo fundo da boca em direção as passagens nasais e, assim, geram uma sensação que, aliada ao paladar, é conhecida como sabor.
Portanto, o gosto³ é formado basicamente pela percepção da doçura, do
salgado, do azedo e do amargo, enquanto o sabor é formado pela combinação de
dois ou mais gostos, além do aroma e a percepção das moléculas do alimento de
tamanhos diferentes e com características específicas.
(1) O umami é
considerado o gosto gostoso. Também pode ser considerado uma
sensação isolada do gosto.
(2) Os alcaloides são
compostos amargos. O amargor na natureza costuma ser rejeitado, por ser
associado à presença de compostos venenosos.
(³) O gosto também é usado para delimitar as preferências pessoais ou sociais associadas á alimentação. O sentir gosto é considerado a habilidade de identificar o que está sendo degustado.
(³) O gosto também é usado para delimitar as preferências pessoais ou sociais associadas á alimentação. O sentir gosto é considerado a habilidade de identificar o que está sendo degustado.
Referências: Livros A ciência da
culinária e Como cozinhar sem receitas.
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